Beata Ana de São Bartolomeu, Rogai por nós!

Nasceu em Almendral, aldeia de Ávila, no ano 1549. Quando tinha apenas dez anos, morreram seus pais, ficando ao cuidado dos irmãos que lhe deram o ofício de pastora, confiando-lhe o rebanho para guardar.
Não se preocuparam os irmãos em ensiná-la a ler e escrever. Porém, na sua Autobiografia, esta bem-aventurada Carmelita conta-nos que nas longas horas que passava na guarda do rebanho, vinha o Menino Jesus ensiná-la a compreender os mistérios da vida e da fé.
Ana sentiu-se, na sua juventude, atacada por uma doença que quase a vitimou. Encomendou-se a S. Bartolomeu e recobrou saúde. Entrou no convento de S. José de Ávila e tomou o nome de Ana de S. Bartolomeu. Aqui conheceu nosso pai S. João da Cruz que, juntamente com Santa Teresa de Jesus, lhe ensinaram o espírito carmelita.

Na noite de Natal de 1577, partiu Santa Teresa um braço. A partir de então, a Irmã Ana foi presença constante e companheira inseparável da Santa Madre, nos braços de quem Santa Teresa viria a morrer. Foi neste período, com vinte e oito anos, que a Irmã Ana aprendeu a ler e a escrever, imitando a letra da Santa, a fim de se tornar na secretária particular da Madre Fundadora e também sua confidente, sendo, por isso, a pessoa que melhor conheceu Santa Teresa.
Foi escolhida para integrar a primeira comunidade que fundou o Carmelo em França, no ano de 1604. Foi seu grande sofrimento, desde o primeiro dia, não poder ter junto de si os carmelitas. Quando estes, anos mais tarde, chegaram a França elegeram-na como fundadora do Carmelo na Bélgica, onde chegou no ano de 1612, fundando em Antuérpia.
Os príncipes e os senhores belgas estimavam a Irmã Ana como santa. A infanta Dª Isabel afirmava: «Antuérpia nada deve recear, pois a Irmã Ana de S. Bartolomeu é a nossa defesa, melhor que qualquer exército».
Assim era. Por três vezes, Maurício de Nassau tentou tomar a cidade sem o ter conseguido. Por isso, o povo, reconhecido, chamava à Irmã Ana «Defensora de Antuérpia».
Morreu em Antuérpia, no dia 7 de Junho de 1626, Solenidade da Santíssima Trindade. A cidade ainda hoje mantém viva a memória desta grande Carmelita.

Oração

Senhor,
grandeza dos humildes,
que quisestes fazer brilhar a bem-aventurada Ana de S. Bartolomeu
pela sua caridade e paciência,
concedei-nos, por sua intercessão,
seguir a Cristo e amar os irmãos para podermos viver segundo os vossos desígnios.