O Papa Francisco enviou um telegrama de condolências pelo falecimento do Cardeal Joachim Meisner, Arcebispo Emérito de Colônia (Alemanha), aos 83 anos, na madrugada do dia 4 de julho.
“Uno-me a você e aos fiéis de Colônia, na oração pelo pastor falecido”, disse o Pontífice na mensagem enviada ao atual Arcebispo da cidade alemã, Cardeal Rainer Woelki.
Francisco destaca do falecido Purpurado a sua “fé profunda e amor sincero pela Igreja, o Cardeal Meisner se dedicou ao anúncio da Boa Nova”.
“Que Cristo Senhor o recompense pelo seu compromisso fiel e intrépido em favor do bem dos homens do Leste e do Ocidente”, acrescentou o Pontífice.
Desta maneira, o Papa Francisco se refere ao percurso episcopal do Cardeal Meisner, que foi, de 1980 a 1988, Arcebispo de Berlim, que compreendia então tanto o lado oriental como o ocidental da cidade.
O Cardeal alemão era um dos que assinou as “dubbia” sobre a exortação apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia – os outros três são os Cardeais Burke, Caffarra e Brandmüller – que enviaram ao Papa Francisco solicitando o esclarecimento de alguns pontos referentes à comunhão aos divorciados em nova união.
O Cardeal Meisner foi um colaborador próximo de São João Paulo II e também de Bento XVI. Entre atividades, foi o encarregado por organizar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Colônia, em 2005, a primeira na qual Bento XVI participou.
Joachim Meisner nasceu em Breslavia (atual Polônia) em 25 de dezembro de 1933. Depois de formar-se em Teologia, foi ordenado sacerdote em 22de dezembro de 1962. Trabalhou em algumas paróquias e na Cáritas até 1975, quando Paulo VI o nomeou auxiliar do administrador apostólico de Erfurt-Meiningen.
Em 22 de abril de 1980, João Paulo II o nomeou Bispo de Berlim e, em dezembro de 1988, foi transferido para Colônia, onde permaneceu até se aposentar.
Foi também o Papa polonês que o criou Cardeal no Consistório de 2 de fevereiro de 1983.
O Purpurado participou dos conclaves de 2005 e 2013, nos quais foram eleitos Bento XVI e o Papa Francisco, respectivamente.
Em 2014, este último aceitou sua renúncia, pois completava 75 anos, tempo em que, segundo o Direito Canônico, todo bispo deve apresentar sua renúncia.